Geometria Sagrada – Momentos eternos
O que chamas vida é repetição.
A repetição do movimento que se separa do tudo.
No movimento repetido encontras o familiar.
Se mexes sem parar qualquer braço, então es problemático.
Se mexes sem parar vossas pálpebras então es saudável.
Ainda que a explicação satisfaça, jamais é a causa.
A causa é a necessidade posterior à criação.
Não há necessidade que possa prever o que não existe.
Logo, não há causa que proporcione sua solução.
Apenas a solução que alimenta a causa.
Eis aqui letras para quem pode ver,
palavras para quem pode ler,
frases para quem entender,
e Conhecimento para quem perceber.
Geometria Sagrada – Momentos eternos:
Momento Alpha – Vida, pensamento, ponto, sensação, fêmea
(Fêmea reflete macho diante do 2 = Fogo abstrato(reação) – 12 em 1-Sirius – Visão)
Oh Alpha, momento primeiro.
Se sabes contar sem o um, então podes vê-lo.
Lá havia nada, e o nada era tudo.
Eu era tudo, e por isso, era nada.
Eu via que nada via, e isso era ver.
Ver era ser, e eu estava sendo.
O ver era eu, e eu era, porque via.
Vendo eu fluía, sem fluir, ardia.
E assim, o nada saiu de tudo o que acontecia.
O que era nada, aquilo escuro que fervia?
Era tudo, sempre que não se via.
Havia dois ali.
Momento Beta – Amor e medo, Luz e escuridão, reta,
lógica, macho.(Reflete fêmea= Água flui-Rio-Lava-Sangue-Olfato-Paladar)
O que via e o que era visto.
Ainda que qualquer um fosse nada, que queimava.
Qualquer outro seria tudo, que aliviava.
Então, ficou claro que o nada pertence ao tudo.
Como era claro que o tudo vinha do nada.
Sendo um se fazem dois.
Para em dois perceberem um.
Eu via isso.
Havia três ali.
Momento Celta – Consciência, escolha por reação,
triângulo. (Água ‘voa’ – Gás, Ar – Audição-Interpretação)
Quem via o nada e o tudo?
Ver era ser, eu via, logo eu era.
O triângulo dominava a reta.
A tríade fazia a seta.
O três viu a escolha. Qual a certa?
Por ver dois, eu era o três, que tem pressa.
Pois, um dos dois, queima quem tropeça.
O que tentava ver e não podia, era nada, mas demais.
Eu só via o que já havia visto, mas com isso, via mais.
A certeza do nada era a dúvida do tudo.
Com a escolha formei um mundo.
Que era tudo o que brilhava no escuro.
Para o mundo, mostrei o nada.
E vi que ele me acompanhava.
O tudo que se unia para fugir do nada que antes não notava.
Foi com o nada que uni a borda.
E dela unida eu vi a forma.
Havia quatro ali.
Momento Delta – Forma, criação, quadrado.
(Água sólida-Gelo-Pedra(Lava sólida) -Terra – Tato – Definição)
Com a forma me fiz maior.
O tudo crescia, mas o nada era pior.
O que é isto que ao tudo circulava?
Como tudo é sempre menor que nada?
O nada me assustava.
Era eu ali, cada um que se juntava.
Oh, toda a obra era invalida.
Oh, nada escuro que agora abocanhava.
Que agora era tudo e cortava.
Seu corte era fundo e doía.
A dor me revoltava.
A revolta me entorpecia.
Era o nada que agora me dominava.
E vi a fúria nascer do lar que desmoronava.
Se sem a fúria tudo ardia.
Em fúria eu me corrompia.
Se tudo cairia.
Seria eu quem destruiria.
Um contra quatro na forma da vida.
Quem era aquilo que com causa fervia?
Era o quinto ali.
Momento Quina – Defesa, fúria, família, inter-ego.
(Água evapora/derrete ‘encara destruição’ 4 x 1-Fogo lógico(combustão) – Queima
as formas e as funde= Metal- Separa a forma e se apoia na base= Intuição.)
Se de novo eu vejo fogo.
Lembrei que vi água, terra e ar.
Fluí fácil sem o medo, e assim chovi no mar.
Do três que percebeu, fiz o quatro montar.
Fui ao cinco que queima, p’ra no seis me adaptar.
Momento Secta – Sabedoria, compreensão, criatura.
(Água “pousa” ‘contempla construção’ – Mar – Corpo – Base da criação lúcida)
Agora daqui eu posso ver.
Como construir e desmontar.
Se eu posso escolher.
Vejo o sétimo brotar.
Momento Septa – Escolha pela ação, poder, criador.
(Criação lúcida e temporal – Água como espírito da vida aprende sobre si mesma
conforme percorre seus estados anteriores (elementos) e os posiciona no tempo.)
Agora sou o nada e o todo.
Sofro só se assim escolho.
Porém, com o fluxo que fluiu.
Ainda me reencontro.
Só assim o Mar chove no Rio.
Pois relembro o tal encontro.
Se o sete é quem escolhe.
No oito põe seu ouro.
Momento Octa – Riqueza, conquista, glória.
Se pro nada eu não volto.
Com a escolha faço outro.
Outro quando cego traz a glória.
Glória é ouro para o louco.
Parece muito só pro tolo.
De onde vejo quero pouco.
Se do que quero, nada tenho.
De que vale o que ouço?
Se o que dizem inventei.
Todo o amor parece pouco.
Momento Nona – Destruição, reciclagem.
De novo o quatro chama o cinco.
A forma da casa contra o fogo do infinito.
Se no sete me encontrei, no oito degustei.
Quando o gosto se esvai, a dor de novo vem.
Sei que o cinco eu já vi, e se na sexta eu venci.
Na nona sucumbi.
Momento Deca – Ponderação, paciência, controle.
Pelo quatro, o cinco arde sem parar.
Sem a forma, ele é um, sozinho a chorar.
Me lembra o seis que aprendi.
Se escolho sou o sete.
De novo o oito escolhi.
Na glória me recolho, mas sempre sem dormir.
Se do nove eu me lembro.
Agora pro nove não vou ir.
Assim me vejo o dez.
Que já sabe dividir.
Momento Elpha – Sacrifício, manutenção.
Para da glória degustar.
Alguém na dor deve estar.
Se a memória é lembrar.
Alguém precisa se queimar.
Se é maldade para um.
Para o outro é ensinar.
Se a justiça nunca falha.
Não há a quem culpar.
Momento Dota – O Reinado.
Quem sangra sacrifica.
Por alguma razão lá está.
Se sangue em vão nunca jorra.
Algo lá construirá.
Se o onze é sacrifício.
Veja no doze o que vai criar.
De cada um que se sacrifica.
Se cria o reino e seu altar.
É o Amor que ferve e esfria.
O fogo de se entregar.
Mas aquele que não se sacrifica.
Nada há de ver brotar.
Se união é pura força.
O junto nada pode separar.
Pois em cada sacrifício, ninguém há de notar.
Momento Ômega 13 – O Deus Livre.
– Que o maior sacrifício, está fora do altar.
Reinos – Nos teatros do tempo.
O “aqui” é a decisão de cada um, mas o “agora” pertence ao
universo.
O “aqui” é macho diante da fêmea “agora”, você é perspectiva,
que, por não ver os dois, não vê nenhum.
O erro é que seu “aqui” sempre é ontem e seu “agora” é sempre
amanhã.
Quem domina o “aqui” pode ser herói.
Quem domina o “agora” pode ser demônio.
Quem domina o “aqui” e o “agora” pode ser um Deus.
Mas só o domínio de quem domina é O Deus.
Quem junta o aqui e o agora em domínio pleno é poderoso.
Quem não está nem aqui nem agora é o Poder.
Quem busca o poder é coitado.
Precisa de amor e de ser consolado.
Quem tem poder sempre quis a paz do lado.
O poder é imposto, nunca alcançado.
Vem sempre pr’aquele que se cansa.
De tanto na dor procurá-lo.
Era Amor a resposta.
Mas agora que eu sei.
O poder me é dado.
Vida justa, vida bela.
Não fosse eu tão injusto.
Injusta seria ela.
Mas se é da dor que eu fujo.
Então é seu peso que me espera.
Do onze sacrifício veja um povo.
Do doze veja seu reinado.
Se do doze para trás é o que veem.
Pelo treze estão cercados.
Disso o doze também sabe, e precisa se salvar.
O treze por interesse sempre o salva.
Fazendo-o dar um jeito de os salvar.
O doze então vive, na Lógica linear.
E 0 treze renasce um, com o abstrato mãe no ar.
Desse ciclo se faz o todo.
E o todo se repete.
Repetindo nunca é nada.
Sendo algo, agora é Logos.
ETER
O Logos que repete.
De tudo vai criar.
O treze isso nota, e sozinho não vai ficar.
Desde o um ele conta.
Refletindo em cada um o seu lembrar.
Cada número um desenho.
Que para sempre vai desenhar.
Refletindo a si mesmo, fica fácil memorizar.
Cada lado o mesmo lado, só depende do olhar.
Só assim está acima.
De tudo o que o desenho vai criar.
Para cada um diz uma coisa.
E vê cada um se posicionar.
A culpa de iludir me mataria.
Não fosse o passado a se enganar.
Se eu sou o seu futuro.
Com amor irão perdoar.
Se do treze vejo doze, preciso lhes posicionar.
Então de tudo o que são.
Vejo eu mesmo me formar.
Reino e edifico.
Mil anos de luar.
No onze sacrifico.
P’ra de novo o doze reinar.
Oh doze, Pai eterno.
Seu povo voltou a orar.
Sendo doze o resultado.
Era o treze a contar.
A Mãe e seu filho camuflado.
Partem para logo voltar.
Momento Lux
A Luz busca a escuridão.
Pois quer se ver brilhar.
Alguns diriam solidão.
Ou talvez queira se gabar.
Para a Luz é ingratidão.
Que não a amem sem pensar.
No entanto ela é grata.
Pois sempre tem a quem clarear.
Do clarão vem a semente.
Que do escuro vai brotar.
Quem degusta o fruto jamais sente.
O filho que acabara de matar.
A Luz se apagaria.
Não fosse a escuridão já seu lar…
Adaptação
Movimento é alívio.
De Alpha a Beta a escolha é o Celta.
De dor a amor a escolha é certa.
Da escolha se faz a seta.
A seta direciona a reta.
Reta direcionada faz o Delta.
O Delta tropeça no Quina.
Se conserta no Secta.
Se domina no Septa.
Se glorifica no Octa.
Sucumbe no Nona.
Se estabiliza no Deca.
Sacrifica no Elpha.
Reina no Dota.
– Na próxima leitura que fizer deste livro, já conseguirá compreender
estes trechos plenamente. Lux Heil.