Abril 11, 2022

Esculturas ilusionistas exploram a relação entre humanos e natureza

Por Daniela Cristina

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Há mais no trabalho de Christopher David White do que aparenta. À primeira vista, parece que suas esculturas surreais são meticulosamente esculpidas em madeira. Mas, olhe novamente. As peças não são de madeira; eles são feitos à mão de barro. Ao imitar a textura e o grão da madeira (até mesmo seus nós), White é capaz de criar de forma convincente a forma humana para que pareça ter sido esculpida e lascada de um bloco de madeira, em vez de ser construída do zero.

White usa trompe-l’œil para fazer uma declaração poderosa sobre o lugar da humanidade no mundo. “O ser humano está para a natureza como a pele está para latir – como as raízes estão para as veias” , escreve ele . “A humanidade está inextricavelmente ligada ao mundo natural. Nossos padrões biológicos ecoam por todo o universo, do micro ao macro, do nosso DNA ao cosmos. No entanto, criamos barreiras entre nós e a natureza. Colocamo-nos em oposição a este mundo que nos sustenta. Nós nos tornamos estranhos a tudo o que nos torna quem somos.”

Clay desempenha um papel integral em seu conceito. Tem a capacidade de imitar uma variedade de materiais, algo que o artista aproveita – principalmente quando se trata da ideia de ilusão.

“A verdadeira ilusão é o mundo em que a humanidade criou. É uma existência que busca se separar da natureza”, explica White. “A justaposição de recursos naturais e artificiais em combinação com a distorção de escala, proporção e material ajuda a criar uma percepção alterada – forçando o espectador a olhar mais de perto, tanto externa quanto internamente.”